Dos educadores ouço muito. Sempre com atenção plena, me surpreendo demais quando a pauta é amor ao trabalho ou falta de amor ao trabalho. À primeira vista, pelo senso comum, parece que todos os educadores não gostam do trabalho. Às vezes tenho a impressão que as pessoas pensam que todos os educadores são infelizes e que, nenhum jovem, ou criança, hoje, quer ser professor justamente porque os exemplos vistos são de desanimo e falta de apreço ao trabalho docente.
Mas, ainda bem que isso não é verdade.
Há muitos educadores com vontade de fazer mais e melhor. Há muitos educadores sonhando com coisas grandes, planejando coisas grandes e realizando coisas grandes.
Na verdade há grandes educadores fazendo coisas maiores ainda, mas é preciso saber olhá-los e reconhecê-los porque eles estão perdidos pela mata escura. E eles estão por toda parte. Há educadores que escolheram o ofício de educar e dele retirar sua felicidade plena. Além disso, esses educadores já entenderam que pra que eles possam retirar doçura do contexto educativo há que se plantar o mel. Pra se extrair o perfume da escola há que semear as flores perfumadas. Nada se colhe sem ser plantar. Esse é o segredo para que o trabalho pedagógico possa ser, de fato, uma pratica de felicidade.
Prof. Dr. Geraldo Peçanha de Almeida