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21 de janeiro de 2021

A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

POR QUE A COORDENADORA PEDAGÓGICA PASSOU A SER A MAIS IMPORTANTE PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA EM 2021?

 

Bateu o sino do retorno às salas de aula. Há sim, a possibilidade de as aulas presencias,  parciais, acontecerem  já no início do ano letivo para muitas escolas, estados e redes de ensino, visto que temos vacinas chegando.

 

Porém, sobre os projetos para retorno às aulas eu tenho visto todos falando:  secretários de educação, mantenedores de escolas privadas, diretores de escola. Mas, não vi ainda nenhum coordenador  pedagógico sendo ouvido, se posicionando a respeito do que vem pela frente ou simplesmente apresentando seu projeto de retorno.

 

Não há, em minha singela análise, nenhum outro profissional tão importante como este na retomada das aulas, sejam elas presenciais, híbridas, remotas ou qualquer outro modelo. Vamos aos pontos!

 

Minha observação se deve ao fato de que tem gente pensando que é só retornar as aulas e seguir trabalhando. Mas, não é bem assim não. Calma! Aí é que entra a competência e o papel da coordenadora pedagógica porque só ela pode saber o tamanho do problema que virá, depois de fazer a análise real dos alunos no retorno,  do ano passado para este ano.

 

E do que eu estou falando? Lembram-se das crianças que deveriam ter sido alfabetizadas em 2020? Não estão. Lembram-se das crianças que deveriam ter saído do infantil preparadas pra irem pro primeiro ano? Não estão prontas? Lembram-se das crianças que deveriam ter finalizado a alfabetização 2020? Não finalizaram. Esses são só alguns exemplos de problemas pedagógicos que precisarão de projetos pontuais – papel da coordenadora.

 

 Pois é, nada do que era previsto pra ser construindo no ano anterior foi construído satisfatoriamente. Tudo foi feito dentro do improviso e das limitações de causas e condições de pandemia.  Tem muito trabalho que precisa ser refeito, retomado ou simplesmente começado. A pior das condições, a meu ver, é a correção dos erros que foram construídos em casa nesse período. Tanto os erros pedagógicos, de orientações de estudos que foram feitos por pais e responsáveis sem condições ( E eu não os culpo por isso), quanto às faltas na  de socialização, na autonomia  e no  amadurecimento das crianças durante todo este tempo em isolamento.

 

Sem computar aqui o impacto emocional da pandemia sobre as crianças que nós não sabemos o quanto atingiu ou não o emocional delas. Ou seja, é a coordenadora que tem a hercúlea responsabilidade de orquestrar tudo isto. É a coordenadora que terá que saber ouvir pais eternamente nas suas pressas e reclamações -  e acalmar os ânimos. É a coordenadora que terá que ouvir o professor sempre dizendo que não está preparado pra tal – e  conduzi-lo e apoiá-lo nesse retorno quase  amornado, sem animo. É a coordenadora que terá que, além de fazer tudo isso, dar conta de um ano letivo de 2021 que já começa em dívida pedagógica de 2020. Ou seja, pode computar 2 anos pedagógicos num só. Mas a coordenadora é uma só.

 

E pra tudo isso a coordenadora pedagógica vai precisar de ajuda. Nenhum diretor de escola pode acreditar que uma só coordenadora poderá dar conta do que vem aí pela frente (Não deixem elas ou eles sozinhos fazerem retorno, não é salutar pra nenhum lado). Mais difícil que adaptar uma escola a um isolamento social e aulas remotas e fazer tudo voltar ao eixo novamente, não importa qual seja esse eixo. No entanto, lembro aqui  que pro centro tem que voltar a família do aluno, o aluno, o professor, o planejamento e, sobretudo o conteúdo.

 

Diretores escolares, secretários  municipais de educação e mantenedores, aqui segue  meu clamor, quase uma súplica, em nome dos milhares de coordenadores  pedagógicos do Brasil afora: Deem a eles apoios, auxiliares, estagiários, companheiros de trabalho e condições diferenciadas para trabalharem. Se houver gratificações, pode acrescentar no contracheque deles também porque merecerão.

 

Não permitam, senhores diretores,  inclusive, que seus coordenadores trabalhem sozinhos nessa missão porque eles não terão como perceber tudo que está por vi. Não será saudável pra nenhum coordenador essa retomada solitária. Se houver a perda dessa retomada nunca mais sua escola entrará no eixo.

 

E, por último, porém não menos importante, não se esquecer: o coordenador também é humano, também sofreu e está sofrendo tudo que todos  sofrem. O coordenador pedagógico sente o que a família . Mas ele precisará, mesmo diante de suas limitações, conduzir seus professores  rumo à superação. Cuidado, amparo e afeto são os remedinhos que eles precisarão em grandes doses. Delicadeza para com os coordenadores o tempo todo. Eles são os profissionais que ajudarão escolas e alunos atravessarem o mar revolto.

Que Deus os abençoe e os proteja!!!

 

 

Carinhosamente

Prof. Dr. Geraldo Peçanha de Almeida

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